O Evangelho, a Igreja e nossas Vaidades


Sabemos que o Evangelho é simples, quem às vezes o complica somos nós, os homens.
A Igreja? Hum... A Igreja é a noiva de Cristo, mas confesso que as vezes somos tentados a toma-la como esposa.
E as nossas vaidades ein? O Pregador disse: “Tudo é vaidade”.
A vaidade tem várias facetas, ou seja, a sua área de atuação é muito vasta. Ela esta presente em nossa forma de falar, no nosso jeito de vestir, na nossa forma de escrever, em nossa postura ao cantar, na nossa eloquência ao pregar, enfim, não é nenhum exagero dizer que são vários os ministérios da vaidade.

Talvez o que mais me preocupa é o fato do seu potencial de nos tornar altamente competitivos. É claro que no secular é dito que uma pitada que seja de competição é altamente saudável. Mas e no “sagrado”? É válido uma pitada de competição?

Quem tem a melhor voz? Quem são os mais eloquentes? De quem são os melhores sites? Quem tem mais seguidores no facebook? Quem são os mais sábios? Quem são os mais espirituais? Quem tem mais amigos? Qual é a melhor igreja? Esta é como uma lista de questionamentos sem fim.

Precisamos tomar muito cuidado para não nos tornarmos prisioneiros disso, prisioneiros desta vaidade escravizadora. Esta vaidade que rompe relacionamentos, que faz com que enxerguemos aqueles que estão do nosso lado como uma ameaça, esta vaidade que está sempre nos movendo a um caminho que nos conduz para longe de Deus e das pessoas.

Paro e penso: Escrever este artigo é vaidade? Talvez o seja. E se o for, não quero me esconder atrás da declaração do pregador de que “tudo é vaidade”. Se ela tem me separado das pessoas, se ela tem me distanciado de Deus, se ela tem me movido por um caminho de competição, onde o que vale é o quanto eu sou admirado pelo que faço. Se no fundo, no fundo, eu me preocupo com números, se espero no fim de tudo um tapinha nas costas, se minhas conversas hoje se resumem ao simples fato de tentar mostrar o quanto tudo que faço é bom e melhor que o que os outros fazem. Quão triste é este caminho no qual tenho andado.

O fato de o Evangelho ser simples é o que muitas vezes nos complica, pois desacostumamos com a simplicidade. O fato de a Igreja ser a noiva de Cristo as vezes é tão difícil para nós que isto soa aos nossos ouvidos como a morte, fruto de um divórcio. E o que dizer mais sobre as nossas vaidades, se não talvez o fato dela nos tornar muito CHATOS.


Deus abençoe.

Pr. Alex Araujo.

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