A Tatuagem e a Bíblia (1)

Tatuagens, Marcas e Mutilações no Corpo
Hoje em dia, é comum vermos as pessoas usando tatuagens, piercings, brincos, etc. Isso tem inspirado dúvidas e até sérios conflitos no contexto da igreja, principalmente, para aqueles que se encontram na situação de pais e pastores.
O meu propósito nessa abordagem não é, de forma alguma, criar uma doutrina sobre o assunto. Conheço pessoas que possuem tatuagens evangélicas, inclusive pastores, e os respeito profundamente como homens de Deus. Porém é necessário fazer algumas considerações importantes, com a finalidade de ajudar cada um a julgar a sua própria motivação e situação.

Em várias ocasiões bíblicas, observa-se que marcas e mutilações no corpo, invariavelmente, estão associadas a uma condição de escravidão. O que mais me interessa, nesse sentido, é explicar a essência do que isso significa espiritualmente.
De acordo com a Lei Mosaica, um cidadão judeu não podia ser escravo por mais de seis anos. Ao sétimo ano, ele deveria ser despedido em liberdade pelo seu dono ( Ex21.5-6 ).
Como o texto menciona, se o escravo decidisse continuar nessa mesma condição, era necessário que ele se submetesse, voluntariamente a um ritual perante testemunhas, fazendo um pacto com seu dono, empenhando o seu serviço com ele pelo resto de sua vida. Por isso, o sangue.
No umbral da porta, sua orelha era furada com uma sovela. Isso tem um sentido importante, pois, a palavra obediência, no Hebraico, significa literalmente, "dar ouvidos". Essa perfuração na orelha significava que ele estava fazendo um pacto de sangue, assumindo, voluntariamente, o compromisso de dar ouvidos ao seu senhor. Dessa forma estava preso ao senhor a quem amava para o resto da sua vida.
Isso quer dizer que toda marca e mutilação estabelecem um pacto de sangue no qual ficamos escravos daquilo que nos motivou. Se essa motivação é sadia, teoricamente, não existe nenhum problema ter uma pequena marca no corpo. Porém, se a motivação é doentia, certamente a pessoa ficará escrava de algo que poderá prejudicá-la.
Por exemplo, para afirmar a feminilidade de uma filha recém nascida, os pais colocam um par de brincos. Obviamente, isso não tem nada de prejudicial ou que possa comprometer espiritualmente a vida dessa criança. Em contrapartida, se uma pessoa coloca um piercing ou faz uma tatuagem motivada por orgulho, ou carência, ou dependência, ou rebelião, ou sensualidade, ou ainda uma mistura disso tudo, ficará ainda mais escrava dessas motivações.
Atualmente temos que lidar com uma geração marcada pelas aflições da desintegração familiar. Na verdade, a rebelião quase sempre é um pedido de amor. Por trás de cada ato de rebeldia e extravagância, existe uma personalidade fustigada pela rejeição e pela carência. A agressão, o culto ao escândalo são apenas formas de  pedir atenção, respeito e aceitação. Tatuagens e piercings, muitas vezes, têm sido usados para enfatizar esse tipo de linguagem, reforçando ainda mais um quadro espiritual de cativeiro.

2 comentários:

Juninho disse...

Não façam cortes no corpo por causa dos mortos nem tatuagens em vocês mesmos. Eu sou o Senhor. Levíticos 19:28 , Ae pastor esse versiculo fala de tatuagens ?

Carlinhos disse...

Boaa Pastor! Gosteeeeei!